sexta-feira, 17 de junho de 2011

# 19 - Os pré-socráticos


Amigos, estou com dificuldade ultimamente de reunir o pessoal da faculdade para gravarmos a filmagem no boteco como tradicionalmente acontece. Erich, grande amigo, mudou-se para Bagé e raramente vem para a capital, outros estão atarefados com seus mestrados ou doutorados, outros envolvidos com seus trabalhos e outros, simplesmente, não vão com minha cara. Assim que puder, ainda que demore, postarei filmagens com eles no boteco novamente. Por enquanto, vou postar filmagens solo em formato de aula para o brog não ficar a ermo.

Os pré-socráticos são os filósofos que antecederam Sócrates, uma das três grandes cabeças da filosofia na Grécia antiga (com Platão e Aristóteles). Eles mediaram a transição da Grécia mítica à filosófica, efetivada com Sócrates. São, basicamente, quatro escolas:

Milesianos (Tales, Anaximandro e Anaxímenes): procuram o elemento básico que constitui todas as coisas materiais.

Eleatas (Parmênides, Zenão e Melisso):o ser, em sua totalidade, é uno e imóvel. A multiplicidade de coisas vistas assim como o movimento delas são ilusões da mente.

Pitagóricos: os números são o fundamento do mundo, todas as coisas são números ou derivadas de números. Acreditam nisso por causa da harmonia do mundo e da harmonia dos números.

Atomistas (Demócrito, Leucipo): o mundo é composto de átomos. É semelhante ao paradigma materialista da atualidade. Os átomos andarilham pelo universo, unem-se e compõe os objetos materiais.

Também temos dois grandes pensadores avulsos, sem escolas:

Heráclito: antagonista teórico de Parmênides, ele acreditava que tudo flui, tudo muda constantemente e nada é o mesmo do que o instante anterior. O elemento básico para ele é o fogo: pois destroi e muda as coisas.

Empédocles: uniu a filosofia de diversos deles. As coisas são compostas por quatro elementos fundamentais: água, ar, terra e fogo. O movimento das coisas é explicado por dois princípios Amor (união) e Ódio (repulsa).

Até a próxima!

13 comentários:

  1. Uma aula de filosofia bastante esclarecedora. Lembrou-me de quando fui introduzido à filosofia, quando lí "O Mundo de Sofia".

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  2. muito bom, seria mt bom se alem de gravar com seus amigos no boteco, grava-se sozinho assim tambem.

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  3. Que bom que gostaram, enquanto não conseguir reunir a moçada vou fazer fora do boteco.

    Apenas para esclarecer melhor o paradoxo de Zenão, onde, racionalmente, não há movimento e ele é uma ilusão: se tenho que andar 10m, então tenho que andar 5m. Se tenho que andar 5m, então tenho que andar 2,5m. Se tenho que andar 2,5m, então tenho que andar 1,25m ... ad infinitum. Então não saio do lugar. Se acreditar que existe onticamente o movimento, então tenho que acreditar que a razão não compreende tudo.

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  4. Legal, gostaria que fizesse um video sobre existencialismo seria muito interessante. Flw.

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  5. Ótima postagem, parabéns. Aqui é o Kai, do House of Reason. Mês passado fiz uma postagem também sobre os pré-socráticos.

    http://houseofreasonblog.blogspot.com/2011/05/os-pre-socraticos.html

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  6. Ficou muito bom!
    Agora fiquei curioso com aquela deixa sobre o teorema de Tales... =/


    flws

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  7. Olá pessoal! Vou fazer uma filmagem sobre o teorema de Tales e sobre o existencialismo outra hora. Abraço!

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  8. esperando atensiosamente pelos proximos videos !

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  9. muito, muito bom mesmo, parabéns Gabriel !

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  10. Que bom conhecer vc mesmo q virtualmente!Interesso-me por filosofia,e fiquei boquiaberto com a destreza da sua exposição.Parabéns.Vídeo excelente ....vou publicar no meu mural do facebook,pois material importante no campo da filosofia,devem ser repassados,para q as pessoas tenham acesso ao ensinamento filosófico q pra mim e a base de tds as coisas.Contribuição maravilhosa.muito obrigada.

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  11. Só falta, colocar as referencias das informações ditadas

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  12. Cuidado, Gabriel!!!
    Cuidado!!!

    Na verdade, eles não são pré-socráticos pelo motivo de antecederem Sócrates, visto que alguns, cronologicamente, viveram na mesma época que Sácrates.São pré-socráticos por se preocuparem mais com o início do mundo, do universo, melhor dizendo, sendo que Sócrates volta sua preocupação não para o universo, mas para a pólis. Portanto, nasce uma nova forma de fazer filosofia. Sócrates a inaugura; Platão, um de seus discípulos, extende-na em seus diálogos, mesmo após a morte de seu preceptor.

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