segunda-feira, 16 de novembro de 2009

# 11 - O mito da caverna

O mito da caverna é apresentado pelo grande mestre Platão em sua mais conhecida obra: A república.

No mito, este mundo sensível onde vivemos não é o mundo real. O mundo real é o mundo das ideias. O mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo das ideias, onde cada coisa tem sua ideia correspondente. O mito apresenta algumas pessoas - que seríamos nós no mundo sensível - que estão acorrentadas dentro de uma caverna e não conhecem o mundo externo. Na parede desta caverna, passam sombras de objetos externos provocadas por uma fogueira que está atrás dos objetos. Como os habitantes da caverna não conhecem o mundo externo, então eles pensam que o mundo resume-se àquelas sombras. Porém o sujeito que escapa da caverna depara-se com o mundo das ideias, que é o mundo do intelecto e da filosofia. Ele é ameaçado pelos ainda presos quando retorna e tenta avisá-los. Matrix é um filme que fundamenta-se neste mito.

Podemos dizer que o mito é uma analogia do mundo sensível na seguinte articulação: a sombra está para a coisa (qualquer que seja a coisa) assim como a mesma coisa está para a sua ideia. Ou seja, a ideia tem mais realidade do que a coisa assim como a coisa tem mais realidade do que sua sombra. A forma da articulação é como em um está sobre dois assim como dois está sobre quatro (1/2 = 2/4): uma analogia simples. E Platão é muito bom em analogias. Aqui tem uma historinha lúdica muito boa do mestre Maurício de Sousa que resume bem o mito.

Participação especial: Janaína Quiroga, professora de literatura e poeta

Parte 1


Parte 2