No início, questionamos se a filosofia oriental pode ser chamada com propriedade de filosofia, já que, tecnicamente, filosofia designa o nascimento do crédito sobre a razão para explicar o mundo na Grécia antiga. Na filosofia grega, a qual é paradigma da filosofia ocidental em geral, a razão é instrumento mestre para apreender a verdade. A filosofia oriental desacredita na razão enquanto meio para apreender a verdade essencial do mundo. Para tanto, a intuição parece ter um papel muito mais importante.
Posteriormente, adentramo-nos na própria filosofia oriental. A ocidental normalmente é dualista. Isso quer dizer que existem dois princípios de ordem diferente e que se interagem: a mente (ou a alma) e o corpo, o sujeito e o objeto, o Eu e o mundo. A oriental ultrapassa esse modo de pensar: o Eu e o mundo estão misturados e são um. Essa separação feita pela ocidental é causa de sofrimento através do desentendimento da essência única e interdependente do mundo: o sujeito e o objeto são um.
Depois conversamos sobre como a filosofia oriental entende o mundo "colorido" que nos aparece: é de verdade ou é uma ilusão? A árvore que vejo é ôntica (real) ou é um dado da "Matrix"? Independente da reposta, a filosofia oriental é subjetivista. Ou seja, o modo como vejo o mundo é uma verdade e outra pessoa pode ter outro modo de ver o mundo: não há uma verdade absoluta, a qual é "a menina dos olhos" da filosofia ocidental.
Convidado: Luis Paulo Dull Junior - (email: jrdull@hotmail.com) Conselheiro Tutelar de Porto Alegre e recandidato ao mesmo cargo (número 08980). Mais informações: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/conselhos_tutelares/
votação dia 10 de Abril.
Parte 1
Parte 2
Pessoal, preferi ficar no mesmo bar, mas desta vez filmamos mais cedo. Abç
ResponderExcluirMuito bom Pessoal! A edição ficou ótima Gabriel, melhor do que eu imaginava! Tu até que conseguiste dar um sentido, um "norte" pra nossa miscelânea! rsrsrsrsrsrs! Agradeço o convite e a prazerosa compania de vocês! Espero ter mais ajudado do que atrapalhado. Parabéns pela clareza e pela postura crítica, Alexandre!
ResponderExcluirmuito bom, o que acham de existencialismo na proxima? abracos.
ResponderExcluirSugiro que assistam o documentário que passou na tv escola "O oriente e o ocidente". O video vale a pena e pode ser conferido na íntegra pelo link abaixo.
ResponderExcluirhttp://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=5189
Abraço
Eu li certa vez que a filosofia era ocidental e que no oriente o termo deveria ser outro. Portanto, este seria o maior erro nosso (ocidentais) em atribuir aquele pensamento como filosofia. Lembro, também, que tive aulas de Pensamento Oriental, e um dos professores insistia em dizer que a forma de conhecimento humano acerca do mundo deve ser sempre "de fora para dentro" e nunca "de dentro para fora". Acho que ele queria dizer que nossa percepção, como diria Descartes, é falha, e por isto deveríamos sempre procurar as respostas para aquilo que está fora de nós. Enquanto que o pensamento oriental, via de regra, procura dar as respostas partindo do próprio sujeito.
ResponderExcluirPS: Ainda não assisti o vídeo. Tenho que terminar algumas coisas... mas logo-logo estarei assistindo.
[silver]Seu trabalho é fantástico, Sr. Gabriel.
fiquei com muita vontade de participar. assim, ao menos, deixo aqui minha contribuição, o livro do edward said, "o oriente como invenção do ocidente", que perpassa toda a construção do oriente pelo ocidente, dos nossos bebericos rasos em orientalismo.enquanto hoje em dia eles "sacam" de proust a marx, nós ainda não avançamos além do tao, do confúcio e do budismo, muitas vezes ocidentalizados.
ResponderExcluirPessoal, que bom que gostaram! E obrigado pelas contribuições sobre o tema! Abç!
ResponderExcluirCaras, assisto aos videos de vocês para tirar algumas dúvidas da facul e afinal com certeza é melhor ler, mas, quando assisto e depois leio os assuntos ficam mais claros. Obrigado e Continuem com esse projeto! parabéns
ResponderExcluirEsqueci-me de dizer: o fundamento da filosofia ocidental está em Parmênides, onde o Ser é e a substância permanece. Na filosofia oriental, sob perpectiva da ocidental, o fundamento está em Heráclito: nada permanece, tudo flui: não posso dizer que o mundo é o mesmo do que o mundo de alguns instantes atrás. Ele mudou, então não é o mesmo. Em Parmênides ele continua o mesmo. Nesse aspecto, corroboro que a oriental não quer, racionalmente, descobrir esse Ser permanente e imóvel como a ocidental quer. Parece ser mais prática e relacional. A verdade estaria nas coisas em suas relações com as outras coisas. Na ocidental, a coisa (qualquer coisa) pode existir independente das relações com as outras coisas. É substância, é forte ! Orientalmente, é mais light, mais suave ... ; )
ResponderExcluirBastante interessante, gostei.
ResponderExcluirTambém tenho um blog parecido, House of Reason. Acabei hoje mesmo fazendo uma matéria falando sobre filosofia oriental.
Já estava afim de fazê-lá, e a matéria de vocês de uma boa ajuda. Obrigado xD
http://houseofreasonblog.blogspot.com/
olá Gabriel,
ResponderExcluiros vídeos continuam ótimos!
espero ansiosa pelos próximos.
um beijão de Curitiba-PR pra ti!
Kai, muito legal o teu blog! Acho importante difundirmos a filosofia. A parte árabe não incluímos aqui. Talvez, só por capricho, possa ser classificada como filosofia médio-oriental. Abração!
ResponderExcluirMoça de Curitiba, que bom que estás gostando! Já estou mirabolando a próxima filmagem. Bejão!
Quero incluir um saber sobre o tema que o ótimo professor Sérgio Augusto Sardi, da PUCRS, falou na aula de hoje: "Quando o Eu adentra-se no nirvana, é como uma gota d'água que cai no oceano. Continua sendo uma gota d'água? Sim e não."
Opa!
ResponderExcluirCara, assisti a alguns de teus vídeos, e achei mto interessante a ideia e agradável o clima em que eles acontecem.
Sou de poa também, e por um tempo fui adepto da "filosofia" advaita (da não dualidade), que é uma corrente que vem ganhado muitos adeptos atualmente; é aquela filosofia dos metres espirituais que fazem sucesso hoje, como Mooji, Eckart Tolle, Papaji, Nisargadatta Maharaj, etc. E um deles (que não se propõe como adepto dessa filosofia e de nenhuma outra), eu conheço especialmente: o Osho, aquele velhinho barbudo e polêmico, heuheuheue.
Acharia um ótimo programa sair com vcs do blog e debater essas noções desse pensamento, que, além de um questionável valor para o pensamento, é importante por ser uma nova tendência social.
Caso haja interesse da tua parte, podemos conversar previamente, pra constatares que não sou nenhum psicopata, fanático ou homossexual interessado em ti (...), e se achar que o assunto é produtivo, marcamos esse vídeo.
meu email: jorgepmj@gmail.com
Grande abraço!
Esperando ansiosamente o próximo..
ResponderExcluirDicas:
Idealismo alemão
Psicanálise e filosofia
Filosofia da linguagem (WITT/SAUSE)
Olá...
ResponderExcluirqueria saber pq vc não tem nenhum vídeo sobre Kant? ou o fizeram só que em outro blog sei lá?
Paulo Flavio
Pessoal, está difícil reunir o pessoal novamente. Não sei quando vou postar próximo filme. Por enquanto, podem conferir o Twitter: @filosofiaboteco.
ResponderExcluirAté mais!
Anônimo, Kant vai certamente ser abordado. Abç.
ResponderExcluirExcelente informação!
ResponderExcluirAlguem me pode enviar bons filosofos orientais por favor? espirito_jr@hotmail.com ; facebook ricardo gonçalves
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