Três professores participaram desta filmagem, onde discutiu-se principalmente problemas e idéias relacionados à educação. A educação tradicional fora influenciada, em sua concepção, pela visão tecnicista da ditadura militar - visão essa que é voltada ao mercado e ao isolamento disciplinar. Atualmente com a obrigatoriedade da filosofia e sociologia no colégio, vê-se uma nova tentativa de tornar o ensino, além de técnico, mais humano e interdisciplinar, já que o homem - antes de ser um homo faber - é um homo sapiens.
Convidados:
Alissa Gottfried - educadora popular conectiva
Capi - midiólogo, Unicamp
Juliano - geógrafo, UFRGS
Foi um saco de gatos, até pq é um tema bastante polissêmico, porém a mocinha o enriqueceu
ResponderExcluirbastante! Respeitar os vários saberes é realmente um problema ético, pois SABER É PODER (na acepção renascentista), desta forma o saber não é destinado para homogeneização social, o poder eiva a educação. Desta forma o saber é sim uma forma de diferenciação social, quanto mais vc sabe dentro da lógica social de onde vc vive mais vc se distingue, chegando ao ponto de adquirir imunidade (ou perseguição), desassemelhar-se intelectualmente nas sociedades comunais ou numa sociedade competitiva (o saber é o maior potencial do individualismo).
Compartilhar o saber, coisa que em tese faz um professor, ele o faz em forma de denúncia, o que o Sartre denomina de "má consciência" como vcs o fizeram, por exemplo um saber de origem burguesa-individualista que se faz passar por universal, mas no entanto serve aos interesses de um determinado grupo que exerce o poder, sendo que os grupos variam mas a essência do poder não se altera, por exemplo quem detêm o conhecimento de fazer uma bomba atômica, o faz para quem, serve a ideologia, a que grupo, a que tipo de entidade?
Ahhhh, parabéns pela iniciativa de todos esses vídeos, é o que chamo de ócio hedonista produtivo! Abraços a vcs todos!
Prof. Mário
Há uma bobagem lírica ao dizer-se que o saber liberta, ao contrário ele é um deus insolúvel e cruel que nos faz sofrer a medida em que vc vai envolvendo-se na complexidade de um mundo que se manifesta cada vez mais peverso em sua consciência...hispostasiar a educação não é o mérito, há mais de 5.000 anos os chineses já faziam isso...
Há muita bobagem nisso de valorizar os diversos saberes. Como foi observado cada classe social tem o seu objetivo e isso condiciona o que será ensinado. O que se tem a fazer é ensinar o professor a ensinar, coisa que as faculdades de educação não fazem, ficam a discutir teorias sociais inúteis entre outra futiliddes.
ResponderExcluirOs professores têm de dominar os conteúdos de suas disciplinas e o melhor método de ensiná-los. As escolas têm de ser avaliades conforme sua produção acadêmica, os melhores alunos devem ficar com os melhores, há ter se ter turmas de excelência.
Isso de querer intramuros da escola esse saber popular não leva o estudante a lugar algum, isso ele já domina. nossa cultura é eurocêntrica e é esse conjunto de conhecimento que o estudante deve saber.
Mas podemos pensar também que quanto mais se domina um saber, mais facilmente se pode ensiná-lo. Portanto, estudar diferentes "métodos de ensino" seria desnecessário, caso o mau ensino advém do não domínio de um saber. Defendo a aula expositiva.
ResponderExcluirBelíssimas exposições do Filosofia no Boteco. Sou apaixonado pelo conhecimento permeado de Filosofia e principalmente da Arte Real, pela observação detida das coisas, às vezes até um pouco demais, mas muito do que dizem seus vídeos e textos me chamaram atenção. Excelentes. Fiquei fã. Vou linká-lo como dos meus BLOGS RECOMENDADOS. Aguardo sua blogvisita e comentários. abçs
ResponderExcluirO som ao fundo atrapalha muito o entendimento fica a dica .
ResponderExcluirAfirmei, no resumo escrito, que o homem é homo sapiens antes de ser homo faber. Isso é uma questão de classificação científica. Quero expor um contra-argumento que acabei de ler na Wikipedia. O pensador Bergson defende que o homem foi homo faber antes de sapiens, porque ele aprendeu conhecimento com a técnica do fazer, ou seja, por experiência no mundo. Daí ele vem a saber.
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