Parte 1
Olá, caro pensador! Vamos falar do filósofo alemão Schopenhauer hoje. Decidimos dividir os videos em dois para, neste primeiro, expor a paisagem da crise epistêmica da modernidade. O segundo video está logo ali em baixo.
A metafísica é a investigação do que existe além dos sentidos sensíveis. Na idade moderna, dois filósofos puseram em cheque a possibilidade de fazer da metafísica uma ciência: Hume e Kant. Este vai dizer que os nossos conceitos precisam conter uma intuição sensível para serem inteligíveis. A intuição sensível é o contato imediato que nossa mente tem com um objeto que aparece. Resumidamente, Kant vai negar que a metafísica é uma ciência porque nos conceitos dela não têm intuições sensíveis, já que a metafísica estuda o que está além dos sentidos. Kant: "A intuição sem o conceito é cega, e o conceito sem a intuição é vazio." Aqui, fenômeno (do grego fainómenon) é o que nos aparece aos sentidos. Coisa-em-si é a coisa independente do que nos aparece, é o principal objeto de estudo da metafísica.
Parte 2
Após os e apesar dos conselhos de Kant, dois, entre outros, grandes filósofos ousaram fazer metafísica como ciência na modernidade: Hegel e Schopenhauer. E eram rivais entre si.
O conceito central da metafísica de Schopenhauer é a vontade. Afirma ele que ela é o motor da vida individual e do universo em geral. A vontade para ele é a coisa-em-si. O próprio corpo do sujeito é uma materialização da sua vontade. A vontade, sendo a coisa-em-si, é o que causa o fenômeno para o sujeito e é o que causa o movimento - não só de si mesmo mas também da natureza. E o sujeito pode interpretar tal fenômeno de acordo com sua vontade e representação.